As futuras gerações provavelmente não vão saber o quão difícil era entender a letra do doutor nas prescrições médicas. Isso porque as ‘receitas’ escritas à mão estão caindo em desuso já há algum tempo, com a adoção das prescrições digitais. Elas chegam por e-mail, sms, Whatsapp para o paciente no momento do consulta e valem para compras nas farmácias físicas e até em aplicativos de delivery. A brasileira Mevo atua nesse segmento e se apresenta como “principal plataforma de prescrição dos maiores hospitais do país”. Está integrada a 700 instituições de saúde, incluindo hospitais de referência, como Sírio-Libanês, Rede D’Or, Moinhos de Vento e HCor (Hospital do Coração). E agora, a empresa acaba de adquirir uma concorrente.
A adquirida, no caso, é a Receita Digital, uma startup fundada em 2017 por Ihvi Aidukaitis. “Ela se deslocou por quilômetros para se consultar, viveu a dificuldade de decifrar as receitas e conheceu a realidade da compra e registro dos medicamentos controlados nas farmácias do Rio de Janeiro”, diz o site da empresa sobre a motivação da fundadora para criar o negócio.
Com incorporação, a Mevo quer ampliar ainda mais a sua base de profissionais de saúde que passam as prescrições médicas. A empresa tem um aplicativo para celular utilizado por médicos que permite a emissão de vários documentos de saúde de uma só vez e criação de modelos e protocolos.
“A solução conta com funcionalidades que trazem segurança na hora de prescrever, como bancos de dados medicamentos e exames, integrados a ferramentas de suporte à decisão clínica, com alertas de alergia e interação medicamentosa”, explica a Mevo. A healthtech também tem o próprio market place, onde os pacientes podem comprar as medicações prescritas e promete entregas em até 1 hora.
Em 2024, a Mevo recebeu um aporte de R$ 140 milhões em uma série B de investimentos com participação de Matrix, Prosus Ventures, Jefferson River Capital e Floating Point. O valor de aquisição da Receita Digital não foi revelado.
